O ano de 2024 ficará marcado como um período de transformação digital sem precedentes, em que o setor de tecnologia não apenas superou expectativas, mas se consolidou como protagonista no mercado de capitais brasileiro. Com um crescimento robusto e inovações constantes, as empresas de tecnologia atraíram investidores em busca de oportunidades de longo prazo e volume recorde de investimentos.
Em 2024, o Brasil registrou um aumento de 22% no faturamento das empresas de tecnologia, impulsionado pela continuidade da transformação digital e pelos avanços em inteligência artificial. Esse movimento não apenas reforçou a confiança dos investidores, mas também gerou milhares de novas vagas de trabalho, fazendo do setor um dos maiores geradores de emprego qualificado no país.
A pandemia acelerou processos de digitalização em diversos segmentos, e as empresas de tecnologia responderam com soluções inovadoras em cloud, automação e segurança de dados. A resiliência demonstrada em meio a desafios econômicos e sanitários consolidou a confiança no segmento, atraindo aportes que ultrapassaram os volumes tradicionais observados em setores mais estabelecidos.
O volume total negociado em ações e BDRs de tecnologia na B3 atingiu R$ 98,7 bilhões ao longo de 2024, um recorde histórico. Entre as 16 ações brasileiras do setor, cinco ETFs e 152 BDRs e ETFs globais disponíveis, destacam-se aqueles papéis com maior liquidez e relevância para a formação de carteira.
Confira o ranking dos ativos mais negociados em 2024:
Entre os destaques, a ação TOTS3 da Totvs liderou o volume de negociações, com ADTV de R$ 113,5 milhões. Esse movimento reflete não apenas a força da empresa, mas a confiança do mercado em soluções de software de gestão empresarial.
A adoção ampla de IA em análise preditiva e atendimento ao cliente gerou grandes ganhos de produtividade. Simultaneamente, o crescimento em cloud computing permitiu às empresas escalar operações com custos mais reduzidos, fortalecendo seu apelo junto ao investidor.
A mudança no perfil do investidor brasileiro é evidente: há maior busca por diversificação internacional e por exposições a gigantes globais sem sair da B3, graças aos BDRs e ETFs de tecnologia. Essa tendência reflete o desejo de proteger portfólios contra volatilidades locais e capturar retornos em mercados maduros.
Esse novo investidor está mais informado e preparado para aproveitar oportunidades globais sem abrir mão do conforto de operar na bolsa nacional, usando plataformas digitais com custos competitivos.
A rivalidade tecnológica entre China e Estados Unidos molda cenários e regulações que têm impacto direto no Brasil. Políticas industriais focadas em 5G, semicondutores e segurança de dados definem o ritmo das parcerias e dos investimentos estrangeiros.
Adicionalmente, o Brasil equilibra relações com parceiros estratégicos, buscando atrair capitais sem comprometer sua autonomia tecnológica. A previsão é de que, até 2026, novos projetos em infraestrutura digital e inovação recebam aportes recordes, ampliando o pipeline de empresas prontas para um eventual IPO.
O momento é propício para quem deseja construir uma carteira orientada ao futuro. Seguem orientações práticas para potencializar ganhos:
Adotar essas práticas é fundamental para navegar com segurança nesse mercado de capitais cada vez mais dinâmico e competitivo. A tecnologia não é apenas um setor: é a espinha dorsal do progresso econômico e social.
2024 foi o ano em que as ações de tecnologia consolidaram seu protagonismo, refletindo a urgência da digitalização e o poder transformador da inovação. Para o investidor, esse cenário oferece tanto desafios quanto oportunidades: exige estudo, disciplina e visão de longo prazo.
Ao entender os fatores que impulsionam o crescimento e adotar estratégias bem fundamentadas, é possível surfar a onda tecnológica e construir um portfólio sólido, diversificado e alinhado com as tendências globais. O futuro está sendo moldado por esses players, e quem se preparar desde já estará um passo à frente.
Referências