Em 2025, o agronegócio brasileiro consolidou-se como o grande motor da economia nacional, mantendo sua posição de destaque no cenário internacional. Com números recordes e uma participação cada vez maior na balança comercial, o setor demonstra capacidade de inovação e adaptação que o coloca na vanguarda das exportações.
Entre janeiro e abril de 2025, o Brasil exportou um total de novo recorde histórico de US$ 52,7 bilhões em produtos do campo, registrando alta de 1,4% em relação ao mesmo período de 2024. Só em abril, o montante alcançou US$ 15,03 bilhões, um aumento de 0,4% sobre abril do ano anterior.
O agronegócio representou 49,2% das vendas externas totais brasileiras no primeiro quadrimestre de 2025, consolidando sua liderança frente a outros setores. No primeiro trimestre, o superávit setorial atingiu US$ 32,6 bilhões, com alta de 2,1%.
A pauta de exportação do agronegócio segue concentrada em commodities tradicionais, mas também ganha força com a diversificação de produtos. Entre os destaques estão:
Em abril de 2025, a soja em grãos bateu recorde de 15,27 milhões de toneladas embarcadas, gerando receita de US$ 5,9 bilhões, apesar da queda de 9,7% no preço médio. A produção prevista para o ano é de 171,7 milhões de toneladas, com exportação estimada em 106,1 milhões.
O setor de carnes, por sua vez, registrou crescimento expressivo: a carne bovina in natura alcançou US$ 1,1 bilhão em março (+40,1%), enquanto a carne de frango somou US$ 772,3 milhões, alta de 9,6%.
Os principais compradores dos produtos brasileiros continuam sendo China, União Europeia e Estados Unidos, que juntos respondem por mais da metade das vendas externas do setor. No entanto, mercados asiáticos emergentes apresentam crescimento acelerado:
Para manter a competitividade, o agronegócio brasileiro investe em tecnologia e inovação de ponta, incluindo uso de inteligência artificial, drones e biotecnologia. A rastreabilidade e as certificações de sustentabilidade ganham espaço, alinhando produção e preservação ambiental.
Cadeias produtivas com foco em diversificação de produtos não tradicionais aumentam a resiliência frente a volatilidades de preço e clima. Produtos como óleo de milho, gelatinas, rações para pets e óleos essenciais de frutas ganham relevância na pauta exportadora.
Com responsabilidade socioambiental e rastreabilidade como pilares, o agronegócio gera milhares de empregos diretos e indiretos, especialmente no Centro-Oeste, Sul e Nordeste. O setor impulsiona a infraestrutura, fomenta investimentos em transporte e fortalece a cadeia de pequenos e médios produtores.
Os superávits consecutivos e robustos tornam o agronegócio peça-chave para o equilíbrio da balança comercial e para a estabilidade macroeconômica. Além disso, o segmento incentiva o desenvolvimento tecnológico e a inclusão social em regiões tradicionalmente menos desenvolvidas.
Embora o cenário seja promissor, existem desafios que exigem atenção constante: a volatilidade nos preços internacionais, as mudanças climáticas e as barreiras regulatórias. Em resposta, o setor aposta no fortalecimento de instituições de pesquisa, na adoção de práticas regenerativas e no diálogo aberto com parceiros comerciais.
Para os próximos anos, as expectativas são de expansão da capacidade produtiva e de novos acordos comerciais. A consolidação de mercados de carbono e incentivos ambientais pode agregar valor às exportações e fortalecer ainda mais a posição do Brasil no comércio global.
Em suma, o agronegócio brasileiro reafirma sua liderança por meio de estratégias sólidas, investimentos em tecnologia e compromisso com a sustentabilidade. Esses fatores combinados garantem não apenas números impressionantes, mas também um legado de inovação e desenvolvimento para as próximas gerações.
Referências