Os certificações de recebíveis têm ganhado destaque no mercado financeiro brasileiro, oferecendo alternativas sólidas de investimento.
Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) surgem como títulos de renda fixa securitizados.
Esses instrumentos são emitidos por securitizadoras, que transformam direitos creditórios em ativos negociáveis e oferecem a investidores a chance de participar de fluxos de caixa futuros.
O processo de securitização envolve diversos atores e etapas, fundamentais para garantir a segurança e a transparência das operações.
Os investidores recebem remuneração por meio de juros prefixados ou atrelados a índices, como o IPCA e o CDI.
Esses papéis podem ser negociados no mercado secundário, especialmente pela B3, aumentando a liquidez para os investidores.
Apesar de ambos seguirem a mesma lógica de securitização, CRA e CRI atendem setores distintos, com características específicas.
Essa distinção reflete as diferentes necessidades de capital e prazos de cada setor, impactando o perfil de risco e retorno.
O agronegócio responde por cerca de 25% do PIB nacional, enquanto o mercado imobiliário impulsiona urbanização e infraestrutura.
Os CRAs permitem antecipar recursos para produtores, superando limitações de crédito bancário e promovendo maior eficiência na produção agrícola.
Já os CRIs viabilizam financiamento de grandes projetos de construção, estimulando o setor de habitação e gerando empregos.
Emissões anuais de CRAs e CRIs já ultrapassam dezenas de bilhões de reais, com tendência de expansão constante.
Aspectos como isenção de imposto de renda e diversificação estratégica atraem investidores em busca de proteção tributária e ganhos acima da média.
Reformas regulatórias e o avanço das fintechs têm potencializado o acesso de pequenas e médias empresas a esses instrumentos.
Essas vantagens consolidam CRA e CRI como alternativas sólidas para investidores conservadores e moderados.
Uma avaliação cuidadosa das garantias e histórico dos emissores é essencial para mitigar potenciais perdas.
O crescimento do mercado de recebíveis depende de avanços em governança, transparência e acesso democratizado.
Esforços para incluir pequenos produtores rurais e incorporadoras emergentes podem ampliar significativamente o alcance dos CRAs e CRIs.
A adoção de garantias adicionais, como privilégios especiais e avais, reforça a confiança do investidor.
A regulação pela CVM e demais órgãos competentes garante segurança jurídica e transparência às operações de securitização.
Investidores devem sempre avaliar o perfil de risco, analisar relatórios de due diligence e considerar cenários macroeconômicos antes de tomar decisões.
Com entendimento profundo de funcionamento, vantagens e riscos, CRAs e CRIs podem se tornar pilares de uma carteira estratégica e alinhada a objetivos de longo prazo.
Referências