O dinamismo regional tem se destacado como catalisador de investimentos que buscam potencializar o crescimento econômico e social das diferentes regiões do Brasil.
O governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), estabeleceu uma visão estratégica de longo prazo para ampliar os investimentos até 2025. Dados oficiais indicam que o país deverá alocar cerca de 1,5% do PIB em infraestrutura, superando os 1,3% registrados em 2019.
Esse esforço concentra-se em saneamento básico, transporte e energia, com destaque para o PLANSAB e leilões de rodovias, ferrovias e portos. A meta é reduzir gargalos logísticos e promover um ambiente mais competitivo.
O Brasil retomou o interesse de investidores estrangeiros, com um fluxo crescente de capitais na bolsa de valores. Apesar das taxas de juros ainda elevadas, a perspectiva de crescimento do PIB em 2,3% (2023) reforça o apelo do país.
O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) liberou mais de R$ 301 milhões para projetos de geração de energia renovável, com alta de quase 24% em relação a 2023. Foi destinado também R$ 182,3 milhões para estimular o ecossistema de startups e inovação no Rio Grande do Sul.
Esses recursos viabilizam pequenas hidrelétricas, usinas fotovoltaicas e iniciativas de eficiência energética, criando um ambiente propício para novas empresas e tecnologias de ponta.
Diante da crise fiscal, estados revisitaram seus planos territoriais, adotando políticas públicas integradas para crescimento econômico que alinham logística e atividades produtivas. Incubadoras, parques tecnológicos e clusters regionais concentram pesquisa e qualificam mão de obra.
A expansão dos empreendimentos regionais traz ganhos relevantes, como geração de empregos qualificados, melhora da mobilidade urbana e fortalecimento de cadeias produtivas. O aumento da qualidade de vida retém talentos, diversifica a matriz econômica e eleva a segurança jurídica para investidores.
Além disso, a inclusão social avança com o acesso a serviços essenciais e infraestrutura adequada, reduzindo desigualdades territoriais e promovendo um crescimento mais equilibrado.
No Sul do país, a cooperação entre bancos de desenvolvimento, governos estaduais e setor privado resultou em projetos inovadores em energia e tecnologia. Já na faixa de fronteira, políticas que combinam segurança, agricultura e logística impactam 27% do território, gerando valor para cadeias exportadoras.
O principal obstáculo continua sendo a austeridade fiscal, que exige criatividade na gestão de recursos e prioridade em investimentos estratégicos. Barreiras burocráticas ainda podem atrasar a implementação de projetos.
Contudo, a integração do Brasil aos BRICS e parcerias internacionais tendem a ampliar o acesso a fundos e tecnologias, garantindo um cenário promissor para a próxima década.
O desenvolvimento regional configura-se como motor para a atração de grandes empreendimentos, equilibrando crescimento econômico e sustentabilidade. Com ambiente favorável a investimentos e planejamento integrado, o Brasil caminha para um futuro de maior competitividade e bem-estar social.
Referências