Em 2025, o mercado de defensivos agrícolas no Brasil enfrenta um momento de desafios e oportunidades, consolidando-se como peça-chave para a produtividade do campo. Apesar de fatores adversos, as companhias e os produtores encontram mecanismos para manter a produção em patamares elevados.
Os setores defensivos englobam herbicidas, inseticidas, fungicidas, tratamento de sementes e outros adjuvantes que asseguram a produtividade das lavouras diante de pragas, doenças e plantas daninhas.
Em cenários de volatilidade, essas soluções tornam-se estratégicas para garantir a estabilidade nas colheitas e proteger o investimento dos agricultores, atuando como barreira de risco contra perdas que podem comprometer safras e margens.
No primeiro trimestre de 2025, a área tratada ultrapassou 831 milhões de hectares, representando um aumento de 1,8% em relação a 2024. Esse acréscimo reflete tanto a ampliação das áreas cultivadas quanto o fortalecimento do manejo integrado.
O volume total de defensivos utilizados cresceu 3,4%, o que demonstra o compromisso dos produtores em manter a sanidade das plantas, mesmo diante de custos mais elevados e pressões climáticas.
Apesar do aumento físico de área e volume, o faturamento do setor caiu 11,1%, fechando em US$ 6,6 bilhões no trimestre. Esse cenário é resultado da redução dos preços internacionais e da desvalorização do real frente ao dólar, que impactam diretamente as importações de matérias-primas.
Fabricantes e distribuidoras buscam estratégias de corte de custos e novas parcerias para se manterem competitivas em um ambiente financeiro restrito.
Um dos destaques de 2025 é o avanço dos bioinsumos, com projeção de crescimento de 13% na área tratada, alcançando mais de 155 milhões de hectares. Essa expansão reflete a busca por redução de custos e por tecnologias mais sustentáveis que atendam às demandas do mercado e do consumidor.
No entanto, a adoção ainda enfrenta desafios relacionados à assimilação de novas técnicas e à pressão de custos no setor biológico. O desenvolvimento de formulações mais eficientes e baratas é essencial para consolidar esse segmento.
Em um cenário de margens estreitas, os produtores brasileiros têm focado na otimização de custos pelos produtores, ajustando doses, calibrando equipamentos e planejando a janela ideal de aplicação.
Para a safra de 2025/26, as projeções indicam um crescimento modesto entre 3% e 6%, com destaque para soja (55% da área tratada), milho (17%) e algodão (8%). A diversificação das culturas e a adoção de boas práticas serão determinantes para reforçar a resiliência do setor.
Embora o contexto seja de incertezas, o setor de defensivos agrícolas permanece vital para a segurança alimentar e a competitividade do agronegócio brasileiro. A combinação de inovação, transição para tecnologias sustentáveis e gestão eficiente de custos permitirá que produtores e fabricantes superem os desafios e mantenham a produtividade em níveis elevados.
Em suma, os setores defensivos não apenas resistem a choques externos, mas também se transformam em catalisadores de um agronegócio mais sustentável e lucrativo. O futuro depende da capacidade de adaptação e da busca constante por soluções que equilibrem eficiência produtiva e responsabilidade ambiental.
Referências